A casa é como um espaço intermediário, metade aberto, metade fechado. Nem dentro, nem fora, é uma nova versão da antiga galeria australiana.
É como um gigante órgão sensorial; o sol, o vento, o som e o odor do mar se percebem da casa. A construção com a menor fachada da península, começa a formar-se como caixa e logo se dobra para transformar-se em uma grande galeria.
A escala do lugar é a de uma modesta praia suburbana e os arquitetos quiseram respeita-la. Enquanto se caminha pela varanda, esta escala se cola nos visitantes, antes de saber que estão imersos e rodeados pela grande escala da casa.
A península é o lugar onde se suspende toda a formalidade e cotidianidade. Para enfatizar esta sensação, os arquitetos criam uma edificação que se distancia das convenções da arquitetura para outras disciplinas. O volume torna-se ambíguo; O que é? Onde está o acesso principal?
Na tarde de um dia ensolarado, voltando do mar, é um grande lugar para sentar-se e descansar; o sol da tarde da às paredes um brilho dourado. Sentar e observas as crianças fazerem coisas de crianças, essas coisas que nos esquecemos quando estamos na cidade.
A parte interna destas paredes douradas foram pintadas de vermelho sangue; a estrutura de suporte e as plataformas de apoio se converteram em depósitos de lembranças da praia, de fotos, das marcas das excelentes férias de uma família australiana.